Coluna da Educação: A Revolução da Educação!

Por Renato da Costa (*)

O investimento em educação produz resultados diretos no desempenho econômico de qualquer país. Mas o que falta para o Brasil encontrar o caminho certo quando o assunto é educação? A resposta pode vir de outros países ou mais especificamente, de exemplos que deram certo e que se tornam cases de sucesso. Uma reportagem feita no ano de 2018 pela BBC News Brasil (www.bbc.com/portuguese) apontou a Estônia, um país do Leste Europeu com uma população estimada em 1,3 milhão de habitantes cuja capital se chama Tallin como exemplo a ser seguido. De acordo com a reportagem o sucesso da educação naquele país se baseia em três pilares básicos: (i) a educação é reconhecida e valorizada pela sociedade, (ii) o acesso ao estudo é universal e gratuito e, (iii) as escolas e os professores possuem autonomia ampla. O reconhecimento da sociedade de que a educação é primordial para o desenvolvimento econômico, abertura de oportunidades, geração de emprego e desenvolvimento tecnológico, é um dos diferenciais do país. Sem dúvida alguma, o acesso irrestrito e de forma gratuita, proporciona inclusão e igualdade de condições aos estudantes. Uma alimentação de qualidade é oferecida a todas as escolas, assim como, material escolar atualizado, serviços de transporte quando solicitado e assistência pedagógica frequente. Importante destacar, que, na Estônia, cerca de 70% da população reside na área urbana. Na concepção das autoridades e cidadãos daquele país, quanto mais pessoas estudando, maiores as chances de redução da pobreza, desigualdade social e maiores chances de formação profissional e consequentemente empregabilidade. Por fim, a autonomia das escolas e dos professores que, mesmo tendo como base um currículo nacional determinado, podem decidir em sala de aula as melhores formas de aplicar os conteúdos e gerar conhecimento. A descentralização promovida pelo governo da Estônia faz com que as escolas discutam e promovam alterações com frequência no currículo nacional. Os professores em sua maioria possuem “mestrado” em suas áreas de atuação, o que eleva o nível de qualidade do ensino oferecido. Na Estônia, são oferecidos em todas as escolas aulas de reforço e orientação especificas no contraturno escolar, de modo que, os alunos que apresentarem baixo desempenho não sejam separados dos demais colegas. Por fim, será que esse modelo se encaixa em nosso país? Não é bem assim! Por hora, vamos pensar em como revolucionar a nossa educação!

(*) Renato da Costa é graduado em Administração, pós-graduado em Administração Estratégica, Mestre e Doutor em Administração, com estágio de Pesquisa e Docência na Universidad Jaume I no Sul da Espanha em 2017, Pós-Doutorando em Gestão Urbana. É membro da ACCUR-Academia de Cultura de Curitiba, membro associado da Academia Paranaense da Poesia, professor há 17 anos, escritor.

Instagram: doutor_renato14

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