Silêncio sobre perseguição aos cristãos no Iraque é questionado por estudioso britânico

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Ao pesquisar sobre a perseguição de cristãos iraquianos, um acadêmico britânico constatou que a situação atual é “digna de desprezo”.

Tim Stanley escreveu um artigo para o diário britânico The Telegraph recentemente, onde deixa queixas sobre o êxodo de cristãos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

No texto, ele retrata o contexto como um “crime de guerra que, estranhamente, parece que ninguém quer se pronunciar” a respeito.

Dentro das obrigações que os cristãos iraquianos vivem, ele entende que o momento dos cristãos no país se resume a “uma escolha pouco atraente: se converter, pagar um imposto religioso, ou ser colocado para a espada”.

Durante o período sob comando do ditador Saddam Hussein, há pouco mais de dez anos, antes da invasão dos EUA, a população cristã no Iraque era de cerca de 1,5 milhões de pessoas.

Uma das principais reivindicações de Stanley é para que o Ocidente se mova, já que esteve tão envolvido no Iraque na última década e hoje cala sua voz.

“As ruas de Londres se enchem de milhares que marcham contra a operação militar de Israel na Faixa de Gaza; o Ocidente trilha poderosamente contra os separatistas na Ucrânia, mas quanto ao Iraque não há nada”, questiona o estudioso.

Para Stanley, os chefes de Estado ocidentais estão mais preocupados com questões de território do que sobre direitos humanos, o que “faz nos sentir envergonhados com a própria ideia de ver cristãos como uma minoria perseguida”.

Ele acrescenta que “ocidentais têm sido treinados a pensar nos cristãos como ‘agentes de agressão, e não a sua vítima’, e por isso estão surdos aos pedidos de ajuda”.

Seja qual for a razão, Stanley aponta que alguma providência deve ser tomada, pois tal silêncio não pode ser tolerado, sobretudo pelo esforço que o povo cristão do Iraque tem manifestado para continuar professando sua fé.

“Qualquer desgosto com a nossa própria covardia moral deve ser equilibrada pela admiração para os iraquianos que continuam a dar testemunho de sua fé, em uma terra que se move cada vez mais perto de proibi-los. A sua resiliência ilustra a diferença entre o islamismo fundamentalista e o cristianismo. O primeiro é uma religião de assassinos, este último é uma religião de mártires”, complementa o acadêmico, criticando o lado extremista do Islã.

Fonte: Christian Post

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