Estado destina R$ 4 milhões aos municípios para proteção de crianças e adolescentes

Termo de adesão foi assinado pela Secretaria da Justiça, Família e Trabalho e representantes de 43 municípios. Ações se destinam a adolescentes que sofrem ameaças.

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, vai destinar R$ 4,19 milhões aos municípios para ações de proteção a crianças e adolescentes. Nesta terça-feira (28), o secretário Ney Leprevost e representantes de 43 municípios assinaram, no Palácio das Araucárias, o termo de adesão ao cofinanciamento estadual do incentivo ao atendimento emergencial para crianças e adolescentes que sofrem ameaças.

“Nossa preocupação com as crianças e os adolescentes cresce a cada dia. Em muitas ocasiões, os adolescentes querem deixar o tráfico de drogas, mas são ameaçados por aqueles que os exploram. Contamos com as prefeituras para nos ajudar nesse trabalho de proteção”, afirmou Leprevost.

Os municípios serão atendidos de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA). Os repasses são do Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA).

O montante global será distribuído a Araucária, Assis Chateaubriand, Campo Mourão, Castro, Colombo, Colorado, Cruzeiro do Oeste, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Goioerê, Guaíra, Ibaiti, Ibiporã, Imbituva, Irati, Itaperuçu, Ivaiporã, Jacarezinho, Jaguariaíva, Loanda, Londrina, Mandirituba e Marechal Cândido Rondon, Matinhos, Medianeira, Paiçandu, Paranavaí, Pinhão, Piraí do Sul, Piraquara, Pitanga, Pontal do Paraná, Prudentópolis, Quedas do Iguaçu, Reserva, Rio Branco do Sul, Rio Negro, Santa Helena, Santo Antônio da Platina, São Mateus do Sul, Ubiratã e União da Vitória.

OUTRAS AÇÕES  O Governo do Estado desenvolve, ainda, outras ações voltadas a jovens que também sofreram com os efeitos da pandemia. O secretário Leprevost solicitou aos prefeitos que ajudem a divulgar o Cartão Futuro, que é uma forma de incentivar o primeiro emprego. “No Cartão Futuro, o governo paga R$ 300 por mês, durante 24 meses, para cada jovem contratado, para incentivar as empresas, e se o jovem for deficiente, o valor é de R$ 450”, explicou.

PRESENÇAS  Participaram do evento o deputado Evandro Araújo, representando a Assembleia Legislativa; e o advogado Anderson Ferreira, representando a OAB Paraná.

AEN/Pr

One thought on “Estado destina R$ 4 milhões aos municípios para proteção de crianças e adolescentes

  • Excelente iniciativa do Governo do Estado.

    Políticas públicas de investimento em benefício de crianças e adolescentes como essa são sempre louváveis.

    Sobretudo quando voltadas para a proteção de menores que, em meio à deformação social das comunidades em que subsistem, num cenário de fome, miséria e de completo abandono por parte do poder, acabam aliciados por facções criminosas e coagidos a delinquir.

    Parabéns a todos que se empenharam na realização desse propósito, em especial, ao governo do Estado, na pessoa do secretário de Justiça, Família e Trabalho do Paraná, Ney Leprevost.

    A verdade é que ninguém nasce bandido!!

    Por que então aquele risonho bebê se transformou num bandido?!!

    A resposta pode estar na história de vida de cada um.

    Os homens e mulheres bandidos que hoje engrossam as hostes do crime organizado, foram um dia crianças também. Tiveram seus sonhos, correram com pipas, brincaram de roda, soltaram balões.

    Mas um dia o sonho acabou. Ceifados os sonhos, a luta pela vida começou. E a partir daí, aquelas crianças, agora meninos crescidos, começam a procurar um meio de sobrevivência, um trabalho, um sustento.

    Com o tempo, o menino se torna rapaz e, a duras penas, tenta sobreviver em meio à deformação social dos morros e favelas das grandes cidades onde vive.

    Mas sem opções de trabalho na favela onde mora, ele desce o morro em busca de oportunidades, à procura de emprego que lhe garanta o sustento. Há vagas de empregos nos jornais, mas sem experiência profissional, sem cursos profissionalizantes, são poucas as portas, pequenas as chances.

    Após muitas idas e vindas, no vai e vem da sua vida espinhosa, o rapaz se junta a outros com a mesma história de vida, a quem chama de “manos”. E lá se vão os manos em busca de pão.

    Depois de muito padecerem nessa sua via sacra, frustrados, excluídos, maltratados, maltrapilhos, eles desistem da busca por emprego digno e voltam ao morro em definitivo para ali tentar sobreviver da “maneira que der”, tornando-se desse modo alvos potenciais do crime organizado. Não demorará muito até que diversos deles sejam recrutados por facções criminosas. Então descem novamente o morro, mas desta vez não mais para buscar emprego, mas para distribuir drogas, delinquir… Mais cedo ou mais tarde, uns serão mortos, outros presos, e ainda outros “desaparecerão” sem deixar vestígios.

    Não se trata aqui de apologia ao crime. Bandido é bandido, independente de raça, cor, sexo ou condição social. O crime organizado deve ser combatido com rigor, com todos os meios legais existentes. Nada justifica vender drogas, roubar cidadãos…

    MAS TAMBÉM NADA JUSTIFICA a omissão dos governos na implementação de políticas públicas mais ativas e eficazes que atendam ao menos às necessidades básicas das populações em situação de extrema pobreza, amenizando-lhes, de forma efetiva e duradoura, a dor da fome, da miséria e da exclusão social.

    Parabéns ao governo do Estado e aos municípios signatários do termo de cofinanciamento das referidas ações de proteção.

    As crianças e adolescentes beneficiados agradecem.

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