Corregedoria da Câmara conclui que email racista enviado a Renato Freitas foi forjado

A Corregedoria afastou a materialidade e autoria do email e negou abrir representação contra Sidnei Toaldo no Conselho de Ética

Via Banda B

A Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba concluiu, nesta quarta-feira (1), que o email racista enviado ao vereador Renato Freitas (PT) foi forjado. A mensagem tinha como remetente o vereador Sidnei Toaldo (Patriota), relator do processo de cassação contra Freitas.

De acordo com o documento assinado pela corregedora da Câmara, vereadora Amália Tortato (Novo), a Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (DTIC) da Casa atestou a “Inautencididade” do cabeçalho da mensagem de email na parte em que atribuiu a origem para Toaldo.

Consta na análise, que um site de origem na Europa foi utilizado para forjar o email.

“Pelo final do domínio, vê-se que esta página, que é um serviço de envio de emails anônimos, está hospedada na República Tcheca. Neste tipo de serviço, analisando a interface da ferramenta acessível pelo endereço informado, pode-se editar o campo do remetente para forjar/simular o envio para o destinatário da mensagem apontado na interface da ferramenta; o serviço em questão informa que não infringe diretamente nenhuma lei por sua existência em si, nem que é legalmente obrigado a manter qualquer tipo de informação de log de registro de solicitações de envio (o que impede qualquer pedido de auditoria e exime o proprietário da ferramenta de qualquer tipo de Responsabilização)”, diz trecho do documento.
A auditoria ainda aponta que “não houve qualquer acesso, ou sequer tentativa de acesso ao Correio Eletrônico do Vereador Sidnei Toaldo entre as 10h00 e as 15h45 (Horário oficial de Brasília) do dia 09/05/2022”, o que evidencia a fraude.

Assim, a Corregedoria afastou a materialidade e autoria do email e negou abrir representação contra Toaldo no Conselho de Ética.

Cassação suspensa
O email foi a principal justificativa da juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse para suspender a cassação de Freitas em plenário.

A Câmara Municipal de Curitiba já recorreu da decisão e aguarda posicionamento do Tribunal de Justiça do Paraná.

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