Corpo de mulher morta por DJ é velado em Piraquara e família pede justiça: ‘Não tem perdão’
Jenifer da Silva Jacinto, de 26 anos, e o cachorro dela foram assassinadas no domingo (9)
Banda B
O corpo de Jenifer da Silva Jacinto, de 26 anos, é velado na manhã desta segunda-feira (10) em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. No domingo (9), a jovem foi morta a facadas pelo marido, o DJ Cristopher Skrepka, 27, que atentou também contra a própria vida, mas foi socorrido em tempo e levado ao Hospital do Trabalhador, na capital.
Os tios da vítima conversaram com a reportagem da Banda B, durante o velório de Jenifer, no Cemitério Bom Jesus dos Passos. Sara Renata da Silva conta que o DJ cantava no coral de jovens da mesma igreja que a sobrinha frequentava, onde se conheceram. Revoltados com o crime, os parentes pedem justiça em nome de toda a família da jovem.
“Não tem explicação, tudo que tinham era pelo esforço dela. O sonho dela era ser juíza. Ela tava estudando para entrar no Estado. Ele não teve pena dela, matou a sangue frio. Ele calculou o que ia fazer com ela. Ele acabou com a vida da minha sobrinha. o que ele fez com ela não tem perdão”,
disse a tia.
O cachorro da vítima foi encontrado morto ao lado do corpo de Jenifer. A família acredita que ele tenha tentado defender Jenifer e acabou sendo agredido também. “Muitas pessoas na rede social dizendo: ‘Tenho do do cachorro. Ela é um ser humano, ela não pediu pra morrer. Ela lutou pela vidad ela. Ele não deu chance, é um miserável”, desabafa.
Sara revelou que a sobrinha não era de se abrir sobre os problemas, possivelmente para não incomodar os pais, afirma a tia. A última conversa de ambas foi na quinta-feira (6). De acordo com Sara, Cristopher removeu o perfil de rede social da vítima.
“Ontem fui ver o Facebook dela e ele tinha deletado tudo. A gente ficou sabendo que a família dele pediu pra ela voltar. A família dele levou ela pra morte. Se a família sabia o que ela fazia, porque pedir pra ela voltar? Espero que a justiça seja feita, que ele pague”, afirma a tia de Jenifer.
O tio Wagner Estevão da Silva, também bastante consternado durante o velório, contou que dormia quando foi surpreendido pela irmã e recebeu a notícia da morte da sobrinha.
“Ela chegou desesperada em casa, avisando minha mãe que a Jenifer havia sido assassinada pelo marido dela. Foi um baque pra gente. Uma menina tão jovem, com futuro brilhante pela frente. […] Linda, educada, sempre batalhava pelas coisas que tinha.”
Segundo Wagner, o jovem chegou a ir algumas vezes na casa dele. “Mas, um dia, minha mãe acabou expulsando ele de casa, porque foi bem mal educado.”
Depoimento na delegacia
Após deixar o hospital, Cristopher foi preso em flagrante e encaminhado para a Casa da Mulher Brasileira, para prestar depoimento. Segundo a delegada Emanuele Siqueira, ele permaneceu em silêncio e estava ‘choroso’.
O sepultamento de Jenifer da Silva Jacinto será no próprio Cemitério Municipal Bom Jesus dos Passos, às 16h30 desta segunda-feira.
