Editorial: O que escrever? A patrulha ideológica de esquerda e direita anda por aí…

Fico me perguntando o que esse povo da “patrulha ideológica” faz da vida. Seja os que são tidos como de direita, ou os chamados de esquerda, ambos tiram “um tempinho” para ficar procurando “pelo em ovo”. Ninguém pode opinar, em artigos assinados, que lá vem um deles atacando, criticando, banalizando. Ninguém pode fazer uma matéria isenta qualquer, que lá vem outro deles atacando, criticando, banalizando.

Ser Jornalista, hoje em dia, é uma profissão de alto risco. Já é como se fosse um torcedor que, com camiseta do seu clube, na rua, encontra com membros da torcida organizada do time adversário. Não se sabe o risco que vai correr. Pode ser agredido, do nada, dependendo do humor dos membros da torcida organizada do time adversário.

Parte disso vem do fato de o capitão Jair Bolsonaro e seu “gabinete do ódio” estar constantemente incitando a população menos cética à sua fala contra os jornalistas de grandes órgãos de imprensa. Isso faz com que todos os jornalistas acabem sendo “colocados no mesmo barco”.  Outra parte disso vem da esquerda do ex-presidiário Luis Inácio patrulhar e atacar qualquer pessoa que diga que ele é o que atualmente a justiça diz que ele é: investigado, processado, condenado, ex-presidiário.

Acontece que as “milícias ideológicas de esquerda e de direita” não entendem que ser Jornalista não é só uma profissão, é uma paixão, é para quem gosta do que faz, e isso independe de “patrulhamento” de qualquer viés ideológico. É uma profissão para pessoas responsáveis, críticas, que sabem ler além do texto.

Aqui, vamos continuar a escrever o que bem entendemos, da forma como quisermos, pautando-nos, como sempre, pelo bom e velho jornalismo que aprendemos nos anos 1990, pautados na verdade, no direito ao contraditório, e no funcionamento deste jornal na forma da Lei.

Não nos pautamos nos desejos (de) “militantes”. Não somos partidários, muito menos um partido político. Não somos de direita ou de esquerda.  Somos responsáveis por informação que deve ser dada a gosto e a contragosto de quem lê… mesmo que aquele que lê (como alguns cegos ideológicos) não entenda.

Não chegamos ontem… Começamos este jornal em 2008, sempre pautados na verdade, na crítica, na seriedade e na independência e não vamos parar por causa de um ou outro que nos tenta calar, porque, aqui, ninguém vai censurar nossa opinião.

Rodini Netto, Jornalista e Editor do Diário de Piraquara

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