Renato Freitas protocola pedido de cassação de mandato de Ademar Traiano

VIA BEM PARANÁ

Petista pede quebra de decoro contra presidente da Assembleia


O deputado estadual Renato Freitas (PT) protocolou no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná um pedido de cassação do mandato de Ademar Traiano (PSD). O pedido, protocolado nesta sexta-feira (8), acusa quebra de decoro parlamentar parte do atual presidente da Assembleia.

O pedido é baseado na informação de que Traiano e o ex-deputado Plauto Miró (União Brasil) fecharam acordo de não persecução penal como o Ministério Público do Paraná para não responderem criminalmente ao confessarem terem recebido propina da TV Icaraí para manter contrato de operação da TV Assembleia, em 2015.

Esse acordo foi revelado na defesa de Freitas em um processo no Conselho de Ética da Assembleia aberto a pedido do presidente da Casa. Traiano acusou o petista de quebra de decoro por tê-lo chamado de corrupto em uma discussão na sessão de 9 de outubro.

“Denúncia realizada pelo deputado Renato Freitas fez o caso vir à tona nos últimos dias. Pelos bastidores da Assembleia, já se fala em renúncia do cargo da presidência e até em eventual cassação. A verdadeira política é feita por nós, o povo”, disse Freitas, em seu perfil no X (antigo Twitter).

Na quinta-feira (7), a seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PR) pediu hoje que o deputado Ademar Traiano se afaste da presidência da Assembleia Legislativa. No documento encaminhado pela entidade a Traiano, a OAB afirma que a revelação de que ele “firmou no ano passado um acordo de não persecução penal relativo a caso de corrupção relacionado ao cargo que ocupa, abalou significativamente o prestígio dessa Casa de Leis, o que demanda ações concretas e efetivas para o restabelecimento da dignidade do Poder Legislativo paranaense”.

Ainda na quinta, o Ministério Público do Paraná, por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur), divulgou nota em que “reitera que os procedimentos investigatórios sob sua responsabilidade, nos âmbitos criminal e civil” envolvendo o acordo de não persecução penal firmado com Traiano e o ex-deputado Plauto Miró, em que os dois confessaram terem recebido propina da TV Icaraí para manter contrato com a empresa de operação da TV da Casa, “estão totalmente concluídos, tendo, inclusive, sido submetidos às instâncias de validação interna e externa”.

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