O sumiço do CMEI. Uma história a ser contada?

A história a seguir é apenas uma ilustração, mas poderia ser verdadeira… ou será que é? Não é… mas retrata algo que pode ter acontecido, ou pode acontecer, a qualquer momento e em qualquer lugar.

Era uma manhã típica de novembro em um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil) daquela cidadezinha pacata. Crianças pequenas, cada uma com seu jeito peculiar, preenchiam os espaços com risadas e brincadeiras. Entre elas, estava Sofia, uma garotinha de apenas três anos, com cachos dourados e olhos curiosos que brilhavam com a inocência da infância.

Naquele dia, porém, algo incomum aconteceu.

Enquanto os professores se esforçavam para manter a ordem na sala de aula, Sofia escapuliu despercebida. Sua ausência não foi notada de imediato, afinal, o tumulto habitual de uma manhã na creche muitas vezes obscurecia os detalhes mais sutis.

Foi apenas quando chegou a hora do lanche que a falta de Sofia foi percebida.

Um calafrio percorreu a espinha de todos os adultos presentes. Uma busca frenética começou dentro e ao redor do CMEI, mas Sofia não estava em lugar nenhum. O desespero se instalou entre os funcionários da escola. Esperava-se que as autoridades policiais fossem chamadas, mas por algum motivo específico, ou ordens superiores, isso não aconteceu.

Enquanto isso, a poucos quarteirões dali, duas senhoras estavam voltando para casa após uma caminhada matinal. Seus olhos perspicazes captaram um movimento incomum próximo a um arbusto na calçada. Ao se aproximarem, seus corações se encheram de compaixão ao ver a pequena Sofia ali, sozinha e confusa, procurando saber onde era a casa da avó.

Sem perder tempo, uma das senhoras envolveu Sofia em seus braços, notou o uniforme da criança.

“Como isso pôde acontecer?”, ninguém sabia responder. No entanto, a verdade era que ninguém viu Sofia escapar. Ela simplesmente desapareceu sem deixar vestígios.

Após o resgate de Sofia, as autoridades tentaram minimizar o incidente. “Foi um episódio isolado”, afirmaram em comunicados à imprensa. “Não há motivo para alarmar os pais ou a comunidade.” Mas, é claro, as notícias se espalharam rapidamente, provocando preocupação e indignação entre os moradores.

Enquanto as autoridades buscavam abafar o incidente, os pais de Sofia estavam passando por um turbilhão emocional. A ideia de perder sua filhinha tão pequena, mesmo que por um breve momento, era angustiante demais para suportar. Eles se sentiam revoltados com a negligência da escola e das autoridades em proteger sua criança.

No fim das contas, Sofia retornou para casa segura e ilesa, mas o trauma do incidente permaneceu com sua família.

E quanto às autoridades?

Elas continuaram tentando encobrir o que aconteceu, mas a confiança na segurança das crianças naquele CMEI foi profundamente abalada, e nenhuma quantidade de negação poderia mudar isso.

Ninguém foi responsabilizado? As autoridades não foram acionadas? Conselho Tutelar não entrou no caso? Nenhum Processo Administrativo foi instaurado?

Tudo isso é muito estranho.

Parece uma proposital “operação abafa” para não prejudicar alguém de nível mais alto na hierarquia. Porque se isso aconteceu, se isso tiver mesmo acontecido, alguém deveria ter a hombridade de pedir demissão por tentar abafar o caso. E esse alguém é o chefe da pasta.

Em todo caso é bom lembrar: qualquer semelhança com uma história real é mera coincidência… ou será que não?

 

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