Aulas são suspensas em Piraquara após invasão de área; outras medidas foram tomadas.

Uma liminar expedida pela justiça exige que a terra seja desocupada e devolvida aos proprietários em até dez dias

Os alunos da escola municipal Idilia Alves de Faria estão sem aulas e as obras de duplicação da rodovia Pastor Adolfo Weidmann foram paralisadas por conta da invasão de um terreno na área, no último sábado (16), que fica no bairro de Guarituba, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Uma liminar expedida pela justiça nesta segunda-feira (18) exige que a terra seja desocupada e devolvida aos proprietários em até 10 dias.

O prefeito de Piraquara, Marcus Tesserolli, conta que no ano passado os mesmos invasores ocuparam outras áreas na cidade e que esses terrenos são vendidos por essas pessoas para outras famílias menos favorecidas. “Ano passado tivemos aqui algumas áreas invadidas em Piraquara. Um pedido de reintegração de posse foi feito, porém não foi tomada nenhuma providência e acabou imperando um sentimento de impunidade. As mesmas pessoas que fizeram isso, e depois venderam os terrenos para famílias menos favorecidas, agora invadiram esse área ao lado da escola municipal e continuarão invadindo outros locais”, explicou o prefeito.A invasão teria assustado moradores do entorno, que segundo relatos, estariam ouvindo tiros no local, obrigando a prefeitura a suspender as aulas por questões de segurança. “Com isso, os moradores do entorno estão apavorados e não querem mais levar as crianças na escola, pois escutam barulhos de tiro, segundo o relato deles. Por isso, a gente resolveu, por uma questão de segurança, suspender as aulas”, relatou Tesserolli que também teve que paralisar a duplicação da rodovia na área pois teriam surgido ameaças de incendiar as máquinas da empreiteira responsável pelas obras.

Agentes à paisana da Polícia Militar (PM) já estariam no local e teriam descoberto o envolvimento de autoridades na invasão, segundo o prefeito. “A Polícia Militar já colocou um efetivo de agentes à paisana lá e sabem o nome das pessoas, inclusive dizem que há autoridades, funcionários da prefeitura envolvidos e eu quero saber quem são para tomarmos as providências. Espero que a PM se manifeste amanhã mesmo para os invasores de que eles precisam sair em 10 dias, de acordo com a liminar”, afirmou.

O prefeito também disse que é o sexto caso de invasão de terras em Piraquara apenas em 2019.

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