O que fazer quando o “fio do bigode” falha?, por Rodini Netto
Não faz muito tempo, os acordos e transações comerciais eram feitos no “fio do bigode”. Ou seja, era uma transação de negócios em que os homens honravam a palavra naquilo com que se comprometiam, e para empenhar a honra, tiravam um “fio do bigode”. Era comum ver até políticos cumprindo suas promessas, o que hoje é raridade.
Quando os homens davam as mãos, fechando um acordo (fosse comercial ou de palavra somente), aquelas duas partes o cumpriam, porque “honravam as calças que vestiam”.
Hoje em dia, há quem ainda acredite que as pessoas sejam cumpridoras de suas palavras, das promessas que fazem. Mas o são “com um pé atrás”.
A grande verdade é que, quando a palavra dada “não vale o fio do bigode”, um dos lados sai prejudicado, a indignação acaba sendo crescente, e a certeza do incumprimento da palavra é quase total.
Mas o que fazer quando falha o “fio do bigode”? Não há nada mais o que fazer a não ser esperar que o outro interlocutor “honre as calças que veste” e cumpra com o acordo com que se comprometeu.
Afinal, sem o cumprimento de uma das partes, contratos são anulados, sejam escritos ou verbais.