Professores de Fazenda Rio Grande pedem cumprimento do piso nacional e podem entrar em greve

Uma assembleia está agendada para o dia 02 de abril e vai debater o assunto

Os professores que integram a Rede Municipal de Ensino de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, podem entrar em greve. Uma assembleia está agendada para o dia 02 de abril e vai debater o assunto. A categoria pede, dentre outras reivindicações, o pagamento do piso nacional da categoria, previsto em lei.

Nesta quarta-feira (23), professores se reuniram em uma manifestação. Em frente à Prefeitura, eles carregaram faixas e cartazes lembrando que em fevereiro o governo federal publicou a portaria que definiu e confirmou o piso salarial nacional do magistério. O valor deve ser de R$ 3.845,63, um reajuste de 33%. No entanto, em Fazenda Rio Grande o piso pago é de 3.358,97.

O piso nacional da categoria é o valor mínimo que deve ser pago aos professores do magistério público da educação básica, em início de carreira, para a jornada de no máximo 40 horas semanais.

A professora Mariane Zatta era uma das manifestantes. Ela disse que, além do piso, a categoria reivindica a contratação de mais profissionais para que seja possível o cumprimento da chamada hora atividade, momento no qual o professor pode preparar aulas.

“Queremos a contratar de PSSs e a abertura de concursos para o cumprimento das horas atividades, pois nós estamos sem esse direito. Em alguns locais não está tendo e estamos com a nossa jornada da hora atividade reduzida”, afirmou.
O PSS é um processo seletivo simplificado geralmente realizado para a contratação temporária de professores.

Ela solicitou ainda que o piso nacional seja cumprido para todos os professores que atuam na Rede Municipal.

“O reajuste deve ser incorporado em toda a carreira para não ocorrer achatamento, para não ocorrer de professores que têm 20 anos receberem a mesma coisa de professores que entraram agora”, reivindicou.
O outro lado
O secretário de Educação, Ednelson Queiroz Sobral, conversou com a reportagem da Banda B. Ele informou que deu andamento às reivindicações. A realização de uma contratação, via PSS, está prevista em uma minuta encaminhada ao Poder Legislativo.

“Já encaminhamos para a Câmara uma minuta solicitando autorização para fazer um PSS e eu acredito que vamos dialogar com a Câmara para fazer isso o mais célere possível”, informou.
Com relação ao pagamento do piso nacional da categoria, o secretário disse que solicitou ao setor de Recursos Humanos da Prefeitura um levantamento sobre o assunto.

“Nós já solicitamos ao Recursos Humanos uma relação dos professores que têm o vencimento abaixo do piso e qual seria o impacto financeiro para que a gente pague o que diz a legislação para estes professores”, acenou.
Durante a entrevista, o secretário fez questão de destacar que está no cargo há poucos dias, mencionando o processo recente do então prefeito, o médico Nassib Kassem Hammad (PSL), que teve o mandato cassado em fevereiro deste ano. Quem assumiu como novo prefeito foi o vice, Marco Marcondes.

Via Banda B

 

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